quarta-feira, 8 de agosto de 2012


08/08/2012 12h00 - Atualizado em 08/08/2012 12h00

Após mandar Rússia embora, Sheilla 'Gamovinha' se vê coberta de elogios

Oposto da seleção feminina, que salvou cinco match points na terça, ganha novo apelido de Fabi, mas divide os méritos com time: 'Uma confia na outra'

Por Rodrigo Alves Direto de Londres
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Se Ekaterina Gamova vai vestir o uniforme da Rússia outra vez, nem ela sabe. Aos 31 anos, a jogadora de 2,02m pode ter colocado um ponto final em sua carreira na seleção com uma derrota amarga. Carrasca do Brasil nas semifinais em Atenas 2004 e nas decisões dos Mundiais de 2006 e 2010, a oposto não conseguiu fechar o jogo nesta terça-feira e se despediu dos Jogos de Londres sem saber se defenderá seu país novamente. Do outro lado, brilhou uma "Gamovinha". Quinze centímetros mais baixa, dez quilos mais leve, dois anos mais nova, Sheilla se multiplicou nas quartas de final. Fez 27 pontos, dois a mais que a rival russa, salvou cinco match points no tie-break e riu por último. Riu e fez rir. Na saída do jogo, a pequena Fabi - quase 40 centímetros mais baixa que a russa - lançou o apelido para a companheira de equipe.
sheilla vôlei brasil x russia (Foto: AFP)Fecha o olho e solta o braço: Sheilla brilhou no fim do jogo contra a Rússia na terça (Foto: AFP)
- Sheillinha estava inspirada numas bolas bem complicadas. Assim como a Rússia está acostumada com a Gamova, a nossa Gamovinha conseguiu virar as bolas importantes - afirmou a líbero da seleção, enquanto a oposto ainda conversava com os jornalistas no outro extremo da zona de entrevistas da Arena de Vôlei.
Alguma coisa lá dentro dizia: 'A gente não vai perder de novo para a Rússia'. Ninguém desacreditou que a vitória seria nossa. Isso me deixou confiante"
Sheilla
Quando soube da brincadeira, Sheilla abriu o sorriso, mas manteve a humildade. Tanto na comparação com a rival, como na divisão do bolo da vitória que colocou o Brasil na semifinal contra o Japão.

- Para chegar lá eu tenho que fazer um pouco mais de força (risos). Mas alguma coisa lá dentro dizia: "A gente não vai perder de novo para a Rússia". Ninguém desacreditou que a vitória seria nossa. Isso me deixou confiante, a (levantadora) Dani Lins também. Não sou só eu, uma confia na outra e sabe que a outra está ali - explicou Sheilla, autora de dois pontos a mais que Gamova na partida.
O técnico José Roberto Guimarães conseguiu concordar com as duas jogadoras. Reforçou a confiança de Sheilla, mas entrou na onda de Fabi.
- Principalmente no fim do jogo, ela foi Gamovinha sim. Nos momentos mais críticos do tie-break, a Dani percebeu que tinha de jogar a bola nela - lembrou Zé.
sheilla vôlei brasil x russia (Foto: AFP)Fabi afirmou que Sheilla foi uma 'Gamovinha' no jogo das quartas de final (Foto: AFP)
Sobre a possível aposentadoria da russa original, o treinador não ficou em cima do muro e deu a dica:
- Tomara que se aposente. Chega, né (risos). A Gamova é a melhor atacante do mundo. Não digo a melhor jogadora, porque não é completa, mas como atacante, sem dúvida - elogiou o treinador.
Na luta pelo bicampeonato olímpico, o Brasil precisa de mais dois passos. O primeiro será na quinta-feira, às 15h30m (de Brasília). O SporTV transmite ao vivo e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real. A outra semi será entre Estados Unidos e Coreia do

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