A Independência da América Espanhola
Antecedentes
Então Martín Tovar morreu.
Não havia uma certa liberdade nas colônias espanholas que
permitiu a fundação de universidades e favoreceu o
desenvolvimento científico em algumas regiões da América Espanhola. As universidades do México e do Peru são exemplos de que foi desenvolvida uma intensa atividade intelectual nas colônias.
As ideias iluministas eram
mais conhecidas e difundidas por quem tinha acesso tanto à
universidades quanto a livros, publicações e jornais, que
divulgavam freqüentemente essa ideia. Contudo, o ideal de liberdade também inspirou e influenciou as classes populares na luta pela independência. Movidos e unidos pela liberdade diferentes
grupos sociais questionaram o domínio espanhol. O processo de
independência das colônias espanholas na América
incluia as mulheres, principalmente as que compunham a
população mais pobre.
Napoleão Bonaparte, com o bloqueio continental, proibiu os países europeus a comercializarem com a Inglaterra, sob ameaça de atacar os países onde as ordens não fossem cumpridas.
Portugal,
fiel aliado da Inglaterra, ficou numa situação
desagradável, não se resolvendo a tempo. Napoleão,
indo invadir Portugal, passou pela Espanha desencadeando batalhas. O rei de Espanha, Fernando VII, foi preso e perdeu o trono por ordem de Napoleão, que, em seu lugar, colocou seu irmão José Bonaparte. O povo espanhol não obedecia ao rei francês, e as colônias também se recusaram a fazê-lo.
Com a Europa enfraquecida
com a chamada, "Era das Revoluções" a Colônia
sentiu, que seria a hora certa para lutar pela sua independência.
Ora, a Espanha estava enfraquecida, pois estava tomada pelo
exército francês de Napoleão que na verdade queria
acabar com o intercâmbio comercial da Inglaterra, para que assim,
a França se tornasse a maior potência europeia e
não a Inglaterra. As Ideias Iluministas ainda circulavam por
toda a Europa, assim como a recente Revolução Francesa.
Essas ideias chegavam a colônia como consequência do
comércio. Para as guerras de independência, os colonos se
basearam nas ideais iluministas e na Declaração da Independência dos Estados Unidos da América(antiga13 colônias) .
A sociedade das colônias era dividida por classe. A classe mais
privilegiada era a dos brancos, das camadas dominantes que constituiam
o corpo das autoridades coloniais, (chamados de Chapetones),
nascidos na Espanha; eles poderiam participar das decisões
políticas e administrativas e ocupar altos cargos
administrativos ligados diretamente a Coroa Espanhola. Abaixo dos
Chapetones encontravam-se os Criollos (que eram filhos de espanhóis nascidos na América que
cuidavam da produção mercantil); os brancos, descendentes
de espanhóis nascidos na colônia; os proprietários
de grandes terras. E por último os índios, negros e mestiços (os trabalhadores).
Os povos indígenas estavam submetidos à mita
(espécie de tributo pago pela população
indígena por meio da prestação de serviços
aos colonizadores por tempo determinado, mediante uma
remuneração, quase sempre sujeita a abusos). A
população indígena estava sujeita também a
obrigações originárias da Península Ibérica,
como a encomienda ("troca" de instrução cristã),
especialmente que a tornava subordinada ao colonizador, pagando-lhes
tributos e realizando serviços.
A elite dos filhos e decendentes de espanhoes aproveitou a
situação ainda de batalhas na Espanha e rompeu o pacto
colonial, comercializando com a Inglaterra e EUA, grandes apoios nas
guerras da independência. Quando a Espanha recuperou o poder
após as derrotas dos franceses, pressionou as colônias.
Porém, a elite criolla não quis mais aceitar o
domínio da Espanha, passando, assim, a liderar em vários
lugares da América.
Nessas lutas, vários líderes se destacaram (sobretudo Simón Bolívar),
percorrendo praticamente toda a América espanhola. Havia o sonho
de manter todo território das antigas colónias num
país só (o que nunca foi feito). E decidiram adotar o
regime republicano (proposta de Símon Bolívar)
após a independência.
A Inglaterra e os próprios Estados Unidos, recém independentes, apoiaram os colonos, vendo novas oportunidades de comércio.
[editar]Causas da independência
Por ser um processo muito longo, complexo, abrangente e possuir muitas
particularidades, as causas da independência variavam de lugar
para lugar. Algumas causas de influência mundial, como a
Revolução Francesa e a Independência dos Estados
Unidos da América, atuaram mais como padrão que como uma
causa direta. As causas são geralmente divididas em internas,
que são as que ocorreram na Espanha e nas colônias e
externas que são as que ocorreram em países estrangeiros.
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Causas internas
São elas:
- O desejo dos Criollos de independência, que queriam mais poder político e maior liberdade econômica para exercer livremente as suas atividades econômicas (livre mercado), cuja produtividade foi prejudicada pelo controle do comércio por parte da metrópole e do estabelecimento de um regime monopólio, gabelas e obstáculos. Insistiam em assumir o controle dos Cabildos e da administração das colônias.
- A ideia de que o Estado era um patrimônio da Coroa foi que, quando a Família Real, realizou-se em França as colônias não foram leais ao tribunal de Cádiz e o Supremo Conselho Central, mas que formaram juntas de governo cuja meta inicial era de regresso trono de Fernando VII.
- O descontentamento dos crioulos, que queriam a independência para alterar um sistema colonial que consideravam injusto por serem excluídos das decisões políticas e econômicas, e encontrar-se em muitos casos explorados.
- Os ensinamentos partidos das universidades, academias literárias e das sociedades economicas. Difundiam ideais liberais e revolucionários (típicos do Iluminismo) contra a ação da Espanha nas suas colônias e tiveram grande influência sobre os líderes revolucionários, como o princípio da soberania nacional, o contrato social de Rousseau e dos direitos individuais.
[editar]Causas Externas
O vácuo do governo na Espanha causado sucessivamente por Napoleão e o constitucionalismo espanhol,
abriu a oportunidade para a classe dirigente latino-americana,
constituída por crioulos europeus dessem impulso e sustentassem
o movimento, e a guerra pela independência como um meio de
preservar e reforçar o seu status, diminuindo o risco de ser
perdido, mas sem procurar uma mudança, a menos que a estrutura
social americana (permanencia de castas ou escravos, etc), nem uma
diminuição no seu âmbito administrativo. A chamada
"Pátria" foi a característica essencial do movimento e,
finalmente, prevaleceu em todas as partes da América
relativamente a outros movimentos de independência, como o
fracasso de Hidalgo no México, foi também acompanhado por uma verdadeira revolução social.
- As Ideias liberais espalhadas ao redor do mundo graças à Encyclopédie.
- A fraqueza da Espanha e de Portugal durante este período, que tinham perdido o seu papel na Europa. Isso foi reforçado quando Napoleão invadiu a Península Ibérica.
- Os encontros no exterior dos principais líderes da revolução e do envolvimento de alguns na revoluções liberais na Europa, bem como os seus contactos com os governos estrangeiros que proporcionou-lhes a possibilidade de apoio externo e fontes de financiamento necessárias para os seus projetos independentistas.
- O exemplo dos Estados Unidos da América, que ficou independente da Inglaterra (embora ainda longe de se tornar uma potência mundial, como aconteceria um século mais tarde), bem como o exemplo da França, cuja revolução proclamou a igualdade de todas as pessoas e seus direitos fundamentais, coisas que os índios e, em menor medida, os crioulos não possuiam em relação aos peninsulares.
- Com o apoio que tiveram do Reino Unido e Estados Unidos, interessados em que as colônias se tornassem independentes, a fim de poderem realizar um livre comércio com a América Latina.
- Juntas de governo - Organizacoes em que os reis se juntavam para tomar decisoes em respeito do governo
[editar]Processo de independência
Na América Central, a região foi dividida em cinco países: Honduras, Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica.Na América do Sul, a primeira independência foi a da Venezuela, que se completou com a independência da Colômbia e Equador.Na América do Norte, a primeira colônia espanhola a se tornar independente foi o México, adotando, primeiramente o governo monárquico, e depois o governo republicano.
Depois de alguns anos, foi a vez das ilhas da América Central (as do Mar do Caribe): a República Dominicana, Porto Rico e de Cuba.
Ocorreu uma revolta de cunho indianista no Peru em novembro de 1780.
Sua bandeira principal era a oposição ao domínio
espanhol. A liderança coube a José Gabriel
Condorcanquí, Marquês de Oporesa,autodenominado "Tupac
Amaru II". Ele descendia de Tupac Amaru, sobrinho de
Atahualpa,reconhecido pelos indígenas como o último Inca,
que ensaiara uma rebelião contra o domínio espanhol e
fora executado pelos conquistadores em 1572. Mais de dois
séculos depois, o alvo imediato dos rebeldes eram as autoridades
que infligiam tratamento cruel aos trabalhadores das tecelagens,
inclusive crianças, que ficavam fechadas nos "abrajes" ou
fábricas de tecidos por quase 16 horas diárias, em troca
de salários miseráveis. Outra reivindicação
era um melhor tratamento aos índios que trabalhavam nas minas e
plantações.Tupac Amaru II e seus partidários
indígenas foram derrotados pelas forças do vice-rei.
José Gabriel teve a língua cortada e sofreu
esquartejamento na cidade de Cuzco
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